Segundo a Sociedade Brasileira do Cabelo, 42 milhões de brasileiros sofrem com a queda capilar. Essa é uma situação que não afeta o paciente no sentido biológico, mas ainda assim pode ser extremamente prejudicial para a saúde do indivíduo.
A maioria dos casos de queda capilar estão relacionados à problemas de saúde tratáveis, que se corretamente diagnosticados, respondem muito bem aos tratamentos propostos.
Por isso, é muito importante o diagnóstico e o tratamento serem indicados por um médico especialista na área.
Para te ajudar a entender melhor as causas da calvície, separamos algumas informações relevantes sobre essa patologia.
O que causa a queda capilar?
Nossos cabelos estão em atividade 24 horas por dia, e isso faz com que cada fio esteja em uma fase diferente de crescimento.
Outro ponto é que a queda de até 100 fios ao dia é uma resposta comum do organismo. O perigo está no desequilíbrio desse ciclo, que abre brechas para a manifestação da calvície.
Quais são os tipos de queda?
Existem alguns padrões que podem ser observados durante o processo de queda capilar. Vamos conhecer cada um deles!
Alopecia androgenética
Nesse caso a queda acontece por influências hormonais. Esse tipo de queda pode atingir homens e mulheres e é mais comum após os 30 a 40 anos.
Porém, esse problema começa a dar seus primeiros sinais ainda na adolescência, quando o estímulo hormonal surge, fazendo com que, a cada ciclo capilar, os fios se tornem progressivamente mais finos.
Nesse tipo de calvície é mais comum que os fios passem por uma fase de afinamento, fazendo com que os cabelos fiquem mais ralos e falhados, atingindo principalmente nos homens a coroa, que é o topo da cabeça, e a região frontal, conhecidas como entradas, enquanto nas mulheres a área central costuma ser a mais atingida.
Saiba mais sobre cada padrão:
Alopecia Androgenética Padrão Masculino
Ela começa a se manifestar logo após a puberdade, entre os 17 e os 23 anos. O primeiro sintoma é a queda persistente dos fios, ao contrário do que muitos possam imaginar, os fios não caem de uma vez só, a perda acontece de forma progressiva e passa a ser notada ao longo dos anos.
As falhas costumam aparecer próximas à testa, marcando com grandes entradas. Mais tarde, a queda atinge o topo da cabeça, formando um pequeno círculo sem cabelo no topo da cabeça, popularmente chamado de coroinha de padre.
Ressaltamos que se o homem tiver tendência genética à calvície, mesmo que se passem décadas, a queda deve dar os seus primeiros sinais após os 50 anos.
Alopecia Androgenética Padrão Feminino
Geralmente após a menopausa, as mulheres costumam ter o primeiro contato com a calvice, pois elas estão protegidas pelos hormônios femininos. Porém, com o envelhecimento, os níveis hormonais tendem a entrar em queda e é justamente nesse momento em que a calvície pode provocar uma queda genética anormal.
Mas nas mulheres não são os fios da frente que caem primeiro, na verdade o que acontece é o afinamento capilar. A queda tende a se iniciar pelo topo da cabeça, onde o couro cabeludo vagarosamente vai se tornando visível.
Alguns estudos apontam que o excesso de produtos químicos e as dietas super-restritivas também estão cooperando nesse sentido.
Diagnóstico Alopécia:
Caso você identifique estes sinais, o mais recomendado é que você busque a ajuda de um médico tricologista. Se sua família já tem histórico de calvície, o diagnóstico pode ser realizado de forma antecipada.
Em uma consulta mais personalizada, o profissional irá investigar o seu caso, considerando alguns aspectos entre eles:
Histórico familiar de alopécia androgenética;
Perda lenta e gradativa dos fios;
Outros problemas de saúde, como: anemia, infecções, hipotireoidismo, falta de vitaminas e síndrome do ovário policístico.
Eflúvio Telógeno
Essa é a segunda causa mais comum, nesse caso a queda diária dos fios passa por um aumento. Essa queda acentuada pode ser definida por dois tipos: a crônica e a aguda. Confira as principais diferenças sobre cada caso:
Eflúvio telógeno agudo: neste caso a queda está associada a eventos de impacto como: parto, febres, infecção aguda, pneumonia, gripe, dietas restritivas, cirurgias, dentre outros fatores, que ocorreram até três meses antes do início da queda.
Eflúvio telógeno crônico: no eflúvio telógeno crônico o que acontece é a recorrência da queda, fazendo com que o cabelo fique mais volumoso na base e menos volumoso no comprimento, estando relacionado, muitas vezes, a doenças autoimunes.
Como diagnosticar?
O diagnóstico é feito clinicamente por meio de questionamentos, exames e por tricoscopia digital. Entre as causas do eflúvio capilar, podemos destacar:
- Estresse físico (doença, cansaço excessivo, gravidez, cirurgias, etc.).
- Drogas e hormônios (contraceptivos hormonais, medicações específicas, etc.).
- Infecções e febre.
- Tensão emocional (duelos, perda de trabalho, momentos de carga emocional intensa, etc.).
Alopecia Areata
Essa é uma doença inflamatória que causa a queda capilar. Geralmente, a queda segue um padrão, causando quedas e falhas em formatos circulares.
Existem casos raros de alopecia areata total, em que o paciente perde todo o cabelo da cabeça; ou alopecia areata universal, na qual caem os pelos de todo o corpo. É importante entender que fatores emocionais, traumas físicos e quadros infecciosos podem agravar os casos.
Diagnóstico
O principal sintoma da alopecia areata é a queda de cabelos ou pelos. Porém, há relatos em que o paciente sente coceira e sensação de queimação. Para detectar se os fios estão sofrendo queda em uma proporção maior que à normal, é preciso observar as evidências discriminadas na lista a seguir:
- Presença exacerbada de fios no travesseiro pela manhã;
- Queda anormal durante o banho;
- Queda anormal ao escovar os cabelos;
- Área com efeito transparente, isto é, possibilidade de visualização do couro cabeludo por entre os fios;
- Pele visível sem concentração normal de pelos no corpo.
E afinal, quem mais sofre com a queda?
Posso afirmar que ambos os sexos, na realidade, a variação está mais relacionada a causa da queda.
Nas mulheres, os fatores que mais contribuem para o surgimento da calvície são mudanças hormonais e o uso de medicamentos. Já no caso dos homens, o mais comum é a queda hereditária e a causada pelo excesso de peso.
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